quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Traumatologia

A traumatologia forense é o ramo da medicina legal que estuda as lesões corporais (queimaduras, torturas, asfixias) resultantes dos danos e ofensas às integridades fisicas ou à saúde produzidas por agentes: mecanicos,fisicos, quimicos e biodinamicos.



Ana Pinto

Palinologia Forense

A palavra Palinologia foi empregada por Hyde & Williams em 1944 para designar o estudo morfológico dos grãos de pólen e esporos, as suas aplicações e modos de dispersão. Hoje a Palinologia estuda a matéria orgânica microscópica que persiste após a dissolução por HCl e HF dos componentes inorgânicos de uma rocha.


Ana Pinto


Psicologia Forense vs. Psicologia Criminal


A psicologia forense ou judiciária é um campo da psicologia que consiste na aplicação dos conhecimentos psicológicos em direito.
Assim, a psicologia forense envolve todos os casos psicológicos que são levados a tribunal.
Por outras palavras, esta ciência (tal como a psiquiatria forense) nasceu da necessidade de legislação apropriada para os casos dos indivíduos considerados doentes mentais, apesar de terem cometido actos criminosos.


Por outro lado, a psicologia criminal é o ramo da psicologia que se dedica ao estudo do comportamento criminoso, de modo a descobrir a história pessoal do indivíduo criminoso e todo o conjunto de processos psicológicos que o conduziram à criminalidade.

Como esta ciência se dedica ao estudo do comportamento criminoso, necessita de realizar uma análise sistemática dos principais tipos de personalidade humana ("a estrutura mais ou menos estável e duradoura duma pessoa") que têm maior tendência para o crime, bem como dos motivos que a estimulam à acção. É necessário descobrir o motivo que orientou o criminoso e compreender o sentido desse acto para, posteriormente, decidirem a pena a aplicar.

Tanatologia

A Tanatologia Forense é o ramo das ciências forenses que partindo do exame do local, da informação acerca das circunstâncias da morte, e atendendo aos dados do exame necrópsico, procura estabelecer:
- a identificação do cadáver
- o mecanismo da morte
- a causa da morte
- o diagnóstico diferencial médico-legal (acidente, suicídio, homicídio ou morte de causa natural).
Estes objectivos são os mais importantes da Tanatologia Forense, mas nem sempre são fáceis de atingir. As dificuldades que se colocam ao médico que é responsável pela autópsia são por vezes muitas e de natureza muito diversa.

Alguns tipos de mortes analisadas pela tanatologia forense:
- Morte súbita – é a morte inesperada de uma pessoa considerada saudável e cuja forma como ocorre levanta suspeita de poder tratar-se de uma morte violenta;
- Morte violenta - "é a morte provocada por agentes externos" (Lacassagne); compreende as situações de homicídio, suicídio, acidentes, infanticídio e na sequência de aborto ilegal.
            As mortes violentas são habitualmente classificadas como morte por asfixia (submersão, enforcamento, esganadura, estrangulamento e sufocação), morte por arma branca ou arma de fogo.

Documentoscopia

A documentoscopia forense é a ciência que estuda, analisa e identifica os diversos tipos de falsificações e deturpações em documentos, moedas, selos, cheques, contratos, certidões de nascimento, procurações, óbito, etc.
O perito em documentoscopia tem de ser um grande estudioso da matéria, conhecendo profundamente os dispositivos gráficos de segurança e fases de produção gráfica e fotografia, estando sempre atento a novas técnicas de falsificações e tendo também uma percepção fora do comum e uma capacidade de observar detalhes que normalmente escapam ao olho comum.




Ana Pinto

Computação Forense

Perícia Forense em Sistemas Computacionais é o processo de coleta, recuperação,
análise e correlacionamento de dados que visa, dentro do possível, reconstruir o
curso das ações e recriar cenários completos fidedignos.


Ana Pinto

Asfixiologia Forense

A asfixiologia é uma subcategoria da medicina legal que estuda as causas físicas e químicas que impeçam a passagem do ar, ou seja, a asfixia de um modo geral.
Tipos de Asfixiologia:
  • Asfixias mecânicas:
  1. Enforcamento: compressão cervical com uma corda ou semelhante.
  2. Esganadura: compressão cervical manual (observação de marcas digitais).
  3. Estrangulamento: compressão cervical com uma corda ou semelhante.
  4. Sufocação directa: forte compressão ou obstrução das cavidades oral e nasal (manual, travesseiras)
  5. Sufocação indirecta: compressão torácica ou abdominal
  • Asfixias químicas – ocorre quando há intoxicação por certas substâncias (exemplos: cianeto e CO)

Ana Pinto

Autópsia







    • Exame do cadáver. Consiste na dissecação de um corpo morto para estudo e avaliação das lesões dos órgãos e tecidos internos, a fim de estabelecer a causa da morte.
    • A autópsia pode ser clínica, quando realizada para fins de diagnóstico anatomo-patológico, ou médico-legal, quando há interesse jurídico.
 
 
 Catarina Carvalho
 

Medicina Legal



    • Ramo da Medicina relacionado com a lei, principalmente com o direito criminal. O patologista é um médico especializado no exame dos cadáveres quando as circunstâncias fazem crer que a morte não foi natural (por exemplo, suicídio, homicídio ou acidente). 
    • O exame inclui normalmente uma avaliação da altura em que ocorreu a morte (partindo de dados como a temperatura do cadáver e o estado de decomposição), determinação do tipo de arma utilizada (a partir do estudo das lesões), comparação do sangue, cabelo e pele da vítima com os encontrados numa arma suspeita, na roupa dos suspeitos, ou no veículo em que o corpo foi transportado.
    • Os médicos legistas utilizam métodos laboratoriais para estudar os fluidos do corpo (como sangue, sémen e saliva) encontrados na vítima ou perto dela e comparam-nos com os dos suspeitos. Também estão treinados em balística e na identificação das fibras do vestuário.


      Catarina Carvalho

Sexologia Forense



 A sexologia forense é a parte a Medicina Legal que estuda os problemas médico-legais relacionados com o sexo. Divide-se em várias áreas:
    • Erotologia forense;
    • Obstetrícia forense;
    • Himenologia forense.

Erotologia forense

Estuda os crimes sexuais e os desvios sexuais. Entre os diversos tipos de crimes sexuais destacam-se o abuso sexual e o atentado ao pudor. São exemplos de desvios sexuais, a pedofilia, a zoofilia, o masoquismo e a necrofilia.


Obstetrícia forense

Estuda os aspectos médico-legais relacionados com a fecundação, a gestação, o parto, o puerpério (fase pós-parto), além dos crimes de aborto e infanticídio.

Himenologia forense

Estuda os problemas médicos-legais relacionados com o casamento.



Catarina Carvalho

Odontologia Forense


A odontologia forense é uma área da medicina dentária que aplica o conhecimento técnico – científico da estrutura dentária do cadáver, com fins de identificação.
Devido à sua resistência (à putrefacção, ao calor, aos traumatismos e à acção de certos agentes químicos) e ao facto de cada dentadura ser única, os dentes são estruturas essenciais à identificação médico-legal.
A identificação da vítima é feita através de métodos de reconstrução e comparação.




Características individualizantes que são examinadas: 
    • Número de dentes;
    • Alteração da posição ou rotação;
    • Alterações congénitas ou adquiridas (hábitos, profissões);
    • Alterações patológicas ou traumáticas (cáries, por exemplo);
    • Existência de tratamentos (amálgamas, coroas, pontes, próteses fixas ou amovíveis).
Outra forma de identificação é através das marcas de mordida. Define-se como marca de mordida a impressão causada exclusivamente pelos dentes ou em combinação com outras partes da boca.
Na verdade, os dentes são frequentemente usados como armas quando uma pessoa ataca outra ou quando a vítima do ataque se tenta defender, podendo assim ser possível a identificação do possível agressor. As marcas de mordida não são encontradas unicamente em situações relacionadas com crimes violentos, sendo também passíveis de serem observadas nas situações de maus-tratos em crianças.




Catarina Carvalho

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Vitimologia


Define-se vitimologia como o estudo científico da extensão, natureza e causas das vítimas de crimes, das suas consequências para as pessoas envolvidas e as reacções da sociedade face à vítima, em particular pela polícia e pelo sistema de justiça.

Lúcia Zedner (professora de Justiça Criminal, na Universidade de Oxford) afirma que o termo “vitimologia” foi utilizado por primeiro pelo psiquiatra americano Frederick Wertham, mas ganhou notoriedade com o trabalho de Hans von Hentig “The Criminal an his Victim”, de 1948. Hentig propôs uma abordagem dinâmica, interactiva, desafiando a concepção de vítima como actor passivo. Realçou que poderia haver algumas características das vítimas que poderiam precipitar os factos ou condutas delituosas. Sobretudo, Hentig realçou a necessidade de analisar as relações existentes entre vítima e agressor.

Assim, um especialista em vitimologia deve:
  • Descobrir os elementos psíquicos que determinam a aproximação entre a vítima e o criminoso.
  • Analisar a personalidade das vítimas sem intervenção de um terceiro, pois abrange assuntos tão diferentes como os suicídios e os acidentes de trabalho.
  • Estudar dos meios de identificação dos indivíduos com tendência a se tornarem vítimas, que permitirá incluir os métodos psicoeducativos necessários para organizar a sua própria defesa.
  • É importante descobrir meios de tratamento para prevenir uma depressão.
 
 
  Catarina Carvalho